segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O Insulto ...

Poucas coisas são gratificantemente libertadoras como um bom insulto aplicado no momento certo e não qualquer insulto. Tem o efeito de uma forte brisa num dia nublado, após um dia quente como hoje. Você respira fundo e sente que agora está tudo mais calmo, está tudo mais leve e é hora de ficar feliz e sossegar.Não falo do insulto fácil, que não requer grande esforço dada a sua aplicação despersonalizada a qualquer pessoa ou situação, ou seja, um -vai tomar no c…- ou - um vá pra casa do cara…- e nem mesmo um – perdeste a chance de ficar calado- O insulto fácil é uma coisinha processada que sabe à mesma coisa em qualquer parte do mundo: um McDonalds da retórica. Agora um insulto personalizado e meticulosa ou inspiradamente aplicado é uma forma visceral de arte. Perpetuável no tempo, sem outra aplicação que não seja a original, que o viu nascer, e como em uma frase que ouvi ontem: “é uma inspiração, e a inspiração quando vem deve-se aproveitar de jeito que ela veio se for modificada é perdida, é sem valor.” Tudo isso se torna sem valor quando penso, e sei, que sempre a melhor resposta para situações que se mostrem dessa forma é o silêncio.

Alguns exemplos de insultos épicos:
Bambi com testosterona. Owen Gleiberman, sobre Prince.

Os americanos são uma raça de convictos e devem estar agradecidos por tudo aquilo que os deixamos fazer sem os enforcar.Samuel Johnson
Malditos sejam os danados porcos de ossos gelatinosos, os viscosos, os invertebrados inchados e insinuantes, os miseráveis sodomitas fétidos, os ardentes pederastas, os chorões, babando-se, perturbando-se, paralíticos, o bando fraco que fez a Inglaterra de hoje. Eles têm clara de ovos nas veias e a sua langonha é tão aguada que é um milagre que se possam reproduzir. Porquê, porquê, porque nasci eu em Inglaterra?D.H. Lawrence, sobre o seu país natal.